sexta-feira, janeiro 11, 2008

A culpa não é do governo

Após suspeitas de mortes por febre amarela, a população que mora nas áreas de risco passou a lotar postos de saúde atrás da vacina, que é válida por dez anos. Assim, surgiu mais um problema: a falta dela. Dessa maneira, quem não conseguiu a dose passou a reclamar sobre escassez do medicamento, colocando a culpa no governo.

Porém, essas mesmas pessoas se esquecem que a vacina sempre esteve disponível a qualquer cidadão. Só não tomou quem não quis. Pelo menos aqui em Limeira, sempre soube que deveria me vacinar quando fosse viajar para essas regiões. Inclusive, a imunização da febre amarela pode ser adquirida em qualquer posto de saúde daqui.

No caso da falta de medicamento, a todo o momento, o governo disponibilizou as vacinas na quantidade média que a população local utiliza. Se poucos costumam tomar, por que enviar mais vacinas do que o necessário? E não adianta vir com a conversa de que o acesso à informação é precário (claro que não estou generalizando). Logo que surgiram suspeitas sobre a doença em seres humanos, milhares de pessoas já estavam procurando a vacina no dia posterior. Então, a informação chega sim e rápida.

O governo está tentando fazer a sua parte, encaminhando as vacinas para os locais de riscos. Mas tanto a população como o governo foi pego de surpresa. Os moradores da região, sabendo da doença, já deveriam estar imunes e tomar uma nova dose a cada dez anos. Então, não se pode julgar o governo, pois a população também não fez sua parte.

Por outro lado, a carência da vacina tem se fortalecido com a ajuda de pessoas que andam tomando a dose em dobro. E, numa hora dessas, em que todos estão em busca do medicamento, acaba atrapalhando mais ainda e contribuindo para o caos. Portanto, não podemos reclamar do governo sobre esse aspecto. Não é de hoje que a vacinação vem sendo trabalhada. Ela já ocorria nos governos passados. Assim, já houve tempo suficiente para que os moradores das regiões em área de risco estivessem imunes.

quarta-feira, janeiro 09, 2008

Apareceu do nada.

Fiquei feliz em saber que os quadros de Portinari e de Picasso roubados no mês passado do Masp reapareceram. Como a polícia chegou até eles ainda não sabemos, mas que surgiram do nada isso ninguém pode negar.

Você explica?

terça-feira, janeiro 08, 2008

Mas onde estavam os responsáveis?


Com apenas 3 anos, uma menina perdeu parte de um dedo da mão esquerda depois de ser mordida por um macaco. O acidente aconteceu no último dia 22, em Mata de São João, no litoral baiano, mas só agora a notícia veio à tona. O animal encontrava-se em uma jaula improvisada e fazia parte de um circo que estava na cidade.

De um lado, o pai da criança defende que não havia segurança no local e que sua filha costumava a freqüentar o circo para brincar com outras crianças. “O macaco estava numa jaula improvisada”, afirmou.

Já o responsável pelo circo disse a uma TV local que no dia do acidente saiu com os outros funcionários para fazer uma caminhada. Quando retornou, ouviu os gritos da menina e logo foi socorrê-la. Ainda de acordo com o proprietário, a menina teria tentado dar caju ao animal.

A polícia agora apura todas as informações para verificar a responsabilidade. Acredito que ambos tenham culpa neste caso. Se o pai sabia que o local não era seguro, por que então deixava a filha freqüentar o circo para brincar? Já que sabia da situação, não deveria ter feito uma denúncia para que fosse apurada pelas autoridades?

Mesmo tendo total segurança ou nenhuma, é preciso verificar se o circo tinha autorização do Ibama para manter o macaco em cativeiro para apresentações circenses. E parece que isso já está sendo verificado. Estando ou não autorizado, certamente o responsável pelo circo deveria manter o recinto isolado de pessoas não-autorizadas.

Na minha infância, meu pai sempre procurou saber com quem brincava e onde brincava. Afinal, precisamos tomar atitudes responsáveis com os nossos filhos. Porque crianças são crianças e pais são pais.

segunda-feira, janeiro 07, 2008

Disque-denúcias: o chamado que vale a pena!

O chamado que valeu a pena. Assim pelo menos podemos concluir no caso de uma bancária de 23 anos que, na noite de sábado, por volta das 20h30, foi rendida enquanto descarregava compras em frente a sua casa. Utilizando o veículo da jovem, os criminosos a levaram até o cativeiro em Embu, na Grande São Paulo.

No entanto, um telefonema anônimo levou a polícia até o local onde a moça estava. Um suspeito próximo ao cativeiro foi detido e o outro ainda está sendo procurado pela polícia. No total, para sorte dela, felizmente foi um dia de agonia.

Casos como esse, em que anônimos participam alertando às autoridades sobre qualquer suspeita, já é comum em alguns Países da Europa e até nos Estados Unidos. Assim, a polícia local recebe a ajuda da própria população para combater ativamente as atividades criminais.

No Brasil, parece que esse tipo de comportamento ainda assusta a população, que vive desconfiada do próprio processo de violência por qual o País atravessa. Então, o que encontramos é uma crença na impunidade e na falta de segurança.

Porém, programas, como o disque-denúncias, têm dado resultado. Mas ainda o governo necessita tranqüilizar a população de que tais denúncias não trarão problemas futuramente, como uma suposta vingança do criminoso. Portanto, mudar a confiança do brasileiro é um ponto de partida. Mas incentivar o uso desses programas é o instrumento chave para no combate da criminalidade: das mais leves às mais organizadas.

sexta-feira, janeiro 04, 2008

Elsa e Fred: o verdeiro amor na terceira idade

Se você está parado e não tem nada para fazer, corra e vá à locadora mais próxima e alugue agora mesmo “Fred e Elsa: um amor de paixão”. Esse é um dos poucos longas que leva a sério o que denominamos como comédia romântica. Numa co-produção Espanha/Argentina, o filme trata do amor aos 80 anos de idade e ainda com divertidíssimo enredo.

Sustentada pelo filho, Elsa (China Zorrilla) possui um espírito de uma garota de aproximadamente 20 anos. A princípio, mostra-se caloteira, esperta e divertida. Porém, essa imagem passa a mudar quando conhece o seu mais novo vizinho, Fred (Manuel Alexandre). Numa de suas atrapalhadas, Elsa tem o primeiro contato com ele e se apaixona por esse senhor, simpático e tímido. A partir de então, com sua insistência, surge uma breve amizade que, aos poucos, revela um amor verdadeiro. Sabendo que não lhes restam muito tempo de vida pela frente, juntos decidem viver a doce vida como ela é.

Dirigido por Marcos Carnevale, “Fred e Elsa” transmite o amor de forma intensa, mostrando o verdadeiro segredo da vida aos 80 anos. O longa, que traz diversas homenagens explícitas ao diretor italiano Federico Fellini, persiste no seu sucesso com ajuda das atuações brilhantes de China e de Alexandre.

A cada cena, delicadamente o casal conquista o espectador que, ansioso e com lágrimas nos olhos, consegue ainda esbanjar sorrisos nos lábios das cenas hilárias que perpetuam todo o enredo. Diria que são poucos os filmes que retratam literalmente uma comédia romântica. Esse é daqueles que as emoções nos permitem rir para chorar no final.

quinta-feira, janeiro 03, 2008

De repente, um limeirense

Eis que, quando abro o site da Globo.com, estão os novos participantes da 8ª edição do Big Brother Brasil, estampados como “capa” do portal de notícias do G1. Nessa altura, centenas de outros sites brasileiros divulgam as fotos dos 14 concorrentes, que disputarão o prêmio de R$ 1 milhão de reais. Mas qual a novidade? Para algumas pessoas nenhuma.

No entanto, para os moradores aqui de Limeira há uma: um dos 14 é limeirense. Então, já dá para imaginar, não é mesmo? Sinceramente, odeio profundamente este programa e não sei como ainda mantém ótimos índices de audiência. Então, nos próximos meses que o maior reality show do País estiver no ar, terei de ouvir os cidadãos dessa pacata cidade falando apenas do BBB8.

Não se assuste. Vilarejo do interior é assim. E ainda muitos vão ficar felizes quando ouvir o jornalista, ou melhor, apresentador Pedro Bial falando que Limeira é a terra das laranjas (ou pelo menos era). Depois, ainda verei, nos jornais, esse tal Alexandre, de 25 anos, sendo homenageado pelos vereadores e ganhando um título de cidadão limeirense. Infelizmente terei de assistir de camarote. Fazer o quê? Porém, acredito que renderá boas gargalhadas e muitas “críticas”.

quarta-feira, janeiro 02, 2008

Pois é, começou mais um ano

Pelo menos o início de 2008 nas estradas não foi tão pavoroso quanto o fim de 2007. Parece que começamos bem o ano. Mas, por outro lado, os motoristas enfrentaram, como em todos os anos anteriores, várias horas a mais para chegar ao litoral paulista. E para sair? Nem pergunte.

O número pequeno de acidentes nas rodovias já era previsível. Digo isso, pois a maioria dos acidentes, segundo a Polícia Rodoviária, acontece por imprudência dos motoristas. Assim, com o trafego intenso de veículos, fica praticamente impossível provocar um acidente a 20 Km/h. Alguém consegue? Sim, apenas àqueles motoristas imprudentes mais experientes e que estão acostumados a desrespeitar as leis vigentes no Brasil.

De qualquer forma, como disse no post posterior ao Natal, campanhas de segurança no trânsito devem ser feitas sempre, principalmente em época de festas e de feriados prolongados. Assim, observamos que os cursinhos obrigatórios para tirar ou renovar a habilitação parece não surgir o efeito desejado. Estamos diante de um número que não diminui e, às vezes, aumenta: o de acidentes.

Está mais do que na hora de agir. O governo precisa cravar uma batalha contra os motoristas insensatos. É necessário investir mais em outros meios de transportes e também nas rodovias do País.