terça-feira, setembro 30, 2008

Tina Turner vem aí!

Não, ela não vem ao Brasil. Mas, amanhã, dia 1º, ela inicia sua primeira turnê em oito anos e provavelmente a última da extensa carreira de aproximadamente cinco décadas. Intitulada pela mídia como rainha do rock, Tina fará no próximo mês 69 anos provando estar na melhor forma, mantendo sua voz e suas pernas vivas nos dias de hoje.

Quando fiquei sabendo que ela voltaria aos palcos para uma última vez. Pensei: preciso vê-la. Quando ela esteve no Brasil, em 1988, registrou o maior público num único show de uma cantora solo na história da música. Recorde esse que ainda não foi batido e provavelmente nem será. Afinal, poucos estádios chegam a suportar 190 mil pessoas na audiência. Nem Maracanã tolera mais.

Os shows de Tina seguem toda a tradição de um velho concerto de rock. Pernas à mostra – e que pernas, diga-se de passagem -, cabelos altos e longos, voz poderosa e energia ímpar. Em sua última turnê, quando tinha um pouco mais de 60 anos, Tina Turner mostrou uma energia de duas horas de apresentação em mais de 80 cidades ao redor do Globo, sendo a turnê de maior lucro na história da música até aquele ano. Não é para menos que Tina vendeu, segundo o GuinessBook, mais ingressos para os seus shows que qualquer outra cantora solo.

Depois de tanto recordes e tantas energias, é impossível recusar um convite: o privilégio de assistir a rainha do rock em um dos 80 shows que ela fará ems estádios ao redor do mundo neste ano e no próximo ano. Detalhe: ingressos para 2009, na Europa, a maioria já está esgotada. Então, no dia 13 de novembro, em Toronto, estarei assistindo a essa megaprodução. Luzes, efeitos e palcos de altíssima tecnologia. E Tina, simplesmente a melhor, cantando os seus mais diversos hits.

Assim, enquanto não é hora do show, terei de ouvir os depoimentos de minha vizinha. Afinal, ela também irá assistir uma de suas apresentações em Chicago, nos Estados Unidos, nessa sexta-feira. Eu só na ansiedade.

Foto: divulgação do novo álbum que chega às lojas hoje. Abaixo, dois vídeos extraídos de seus shows:




sexta-feira, setembro 26, 2008

Só para refletir

Lei, há uma proibição para a veiculação de propaganda de tabaco nos meios de comunicação. A não presença delas na mídia é questão de saúde pública. Porém, do que adianta talvez tal vetação se continuam a fabricar carros com cinzeiros? Isso n”ao seria um incentivo ao fumo também?

segunda-feira, setembro 15, 2008

Vale mais que mil palavras

Provavelmente serei crucificado neste “post” em admitir que no passado – e isso não faz tanto tempo assim –, fui contra a obrigatoriedade do diploma de Jornalismo para atuar na profissão. Pode parecer inconcebível, mas é a mais pura verdade.

Porém, tal conceito ultrapassado deve-se um pouco a minha imaturidade, que não permitia uma reflexão profunda sobre o tema, que, para mim, estava praticamente resolvido. Mas, então, com novas leituras e novas discussões sobre essa concepção, mudei radicalmente meu parecer.

O jornalismo precisa sim de uma discussão profunda em sala de aula. O futuro da imprensa não pode ser sinônimo de comércio (eletrônico ou não), em que se vendem produtos pensando no bem próprio do vendedor ou do patrão. Acabou a era em que os bambambãs da redação tinham tempo e “paciência” para ensinar os jovens a fazer jornalismo e a pensar jornalismo.

Há um código de ética a ser cumprido e a ser conhecido. Há uma teoria a ser estudada. Enfim, existem autores, professores e alunos que devem debater e criar uma discussão e um olhar crítico sobre a profissão, que abrange as mais diversas áreas do interesse público. A era em que JORNALista apenas escrevia para jornal acabou.

A realidade está aí, a tecnologia também e as informações seguem freneticamente rápidas e cada vez menos lineares. Todo o cuidado é pouco. Os blogs, o jornalismo comunitário, apesar de grandes meios de comunicação e de interação, devem estar abertos ao público até que ponto?

Como quarto poder, a imprensa não pode ser banida pela sociedade, que a elegeu como um órgão fiscalizador durante um processo natural de democratização da informação. A imprensa deve estar presente. O jornalista necessita de responsabilidade, de ética e de conhecimento. Conhecimento esse que deve ser adquirido e debatido a partir das salas de aula até uma jornada sem fim. E certamente o pensamento de que antes do JORNALista existe o JORNALISMO deve prevalecer.

terça-feira, setembro 02, 2008

De camarote

Mais uma vez o Brasil assiste de camarote a falta de infra-estrutura para concertos internacionais. Ontem, à 0h, começou a venda de ingressos para o show de Madonna no Rio de Janeiro, no estádio do Maracanã, marcado para o dia 14 de dezembro. Logo nos primeiros segundos, quem tentou efetuar a compra de convites via Internet se irritou com as mensagens de erros, resposta lenta do servidor e até débitos adicionais no cartão de crédito. Existem ainda relatos de pessoas que permaneceram mais de oito horas on-line para garantir entradas.

Se não bastasse toda a confusão virtual, na fila da bilheteria no Maracanã, que iniciou as vendas às 11h de ontem, uma multidão de pessoas assistiam aos cambistas, que, com tranqüilidade, agiam sem restrições. Muitos dos ingressos vendidos por eles eram falsos, mas bastantes verdadeiros. Com eles, era possível conseguir entradas por até R$ 1500 para a pista Vip. Tal entrada custa, na bilheteria, R$ 600.

Porém, para quem preferiu realizar a compra por Internet, por telefone ou pelos pontos de vendas arcou com uma despesa extra de 20% a mais em cima do valor do ingresso. Segundo os organizadores, tal valor refere-se à taxa de conveniência que o cidadão paga pela estrutura diferenciada. Mas especialistas argumentam que ela é ilegal e quem se sentir lesado pode procurar a empresa ou os órgãos competentes.

A taxa de conveniência é mais absurda ainda se analisada junto com a argumentação da organizadora. As pessoas estão pagando por serviço diferenciado ou precário?

Os próprios os promotores deixaram transparecer a falta de estrutura para um show internacional de grande demanda. Se os servidores falharam abrindo a venda para apenas um dos shows. Imagine se a empresa permitisse a abertura para todas as datas? Seria um caos e provavelmente pensaram nisso e esse foi o motivo de datas diferencias para a abertura da venda para o Rio e para São Paulo.

Na América do Norte ou na Europa, shows grandes como os de Madonna acontecem em arenas espalhadas pelos países desenvolvidos. Os sites internacionais estabelecem a venda via Internet e sem restrições, sem cadastros prévios ou coisas desse tipo.

Em sites como Ticketmaster.com, a taxa de conveniência dificilmente ultrapassa R$ 10 e ainda o usuário tem a preferência em escolher imprimir o convite em casa, recebê-lo pelo correio ou até retirá-lo na bilheteria momentos antes do show. Vale lembrar que o site Ticketmaster.com já chegou até registrar mais 50 mil pessoas comprando em menos de dois minutos por uma noite de abertura.

O Brasil ainda tem muito que aprender sobre venda de entradas para eventos culturais ou esportivos. O que me preocupa nessa falta de tecnologia e de fiscalização é se teremos algo relativamente suportável para a Copa de 2014 ou se assistiremos tudo novamente de camarote; falhas tecnológicas e ações de cambistas em pleno Maracanã.

segunda-feira, setembro 01, 2008

Depois da bebida alcoólica é a vez dos remédios

Após muitas discussões sobre a punição para quem mistura álcool e direção, o governo ainda estuda outro projeto: a “lei seca” dos medicamentos. A proposta é do ministro Márcio Fortes e já foi enviada ao Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), às Câmaras Técnicas e ao Comitê de Saúde e Segurança no Trânsito.

A nova proposta deverá criar outra grande discussão em relação à direção. Debate esse que, no meu ponto de vista, já deveria ter sido superado pela maioria que ainda insiste nos argumentos. Afinal, já informado que, após a criação da lei seca, o número de acidentes nas estradas federais caiu satisfatoriamente. De acordo com a Polícia Rodoviária, no período de 20 de junho a 19 de agosto, a porcentagem foi 13,6% menor em relação ao mesmo período do ano passado.

O novo projeto precisa ser estudado e analisado como um fator de segurança. Se realmente existe uma comprovação de que o uso de drogas pode interferir no ato de dirigir, então a medida é mais do que necessária e chega com severo atraso. Afinal de contas, quantas pessoas e famílias sofreram as conseqüências negativas por causa dessa somatória?

Além de ingestões químicas, o governo também deveria estar de olho nas fiscalizações. Do mesmo modo em que existe um risco de resultado negativo na mesclagem entre direção e drogas, há também em relação à manutenção dos veículos que circulam pelas estradas e cidades de nosso País. A lei sobre ela já existe, mas infelizmente é pouco supervisionada. O motorista pode estar sóbrio, mas se o veículo oferece riscos, do que adianta a lei seca?